Sorri abertamente e entrei para o carro que estava com um ambiente bastante confortavel. pus o cinto e encostei-me ao vidro a olhar para o escuro. Sem me aperceber acabei por adormecer encostada ao vidro

Era sempre estranho passar ali e relembrar-me da tempestade que acontecera no primeiro dia. Para bem ou para mal, aquilo mudava a vida de toda a gente. Passei pelos portões e acabei por estacionar num sitio recatado - Chegámos... -Só então olhei para Beth, que dormia ali ao meu lado. Aproximei-me dela e afastei suavemente uma mecha de cabelo que estava a tapar a sua face e susurrei - Beth... acorda.

Resmunguei quando o ouvi chamar-me e suspirei. Esfreguei os olhos e olhei-o - Chegámos rápido - sorri e voltei a encostar a cabeça ao banco - é melhor levantar-me antes que adormeça outra vez - abri a porta e quando o ar frio me atingiu a face, despertei.

Tranquei o carro e fui de imediato encostar-me a ela, para a aquecer - A cidade não fica muito longe daqui, e para além disso sou bom a carregar no acelerador ... - Soltei uma pequena risada ao referir aquilo - Vais para o teu dormitório?

- A não ser que queiras companhia a dormir, se calhar é melhor - ri-me enquanto me encostava a ele, fechando os olhos - eu tenho tendencia para ter muito sono quando a energia da bebida desaparece

- és tu e todas as outras pessoas, só não adormeças aqui no meio de rua, por favor - Brinquei enquanto caminhávamos até ao lado do campus onde se localizavam as habitações.

- Se adormecer tu levas-me ao colo - ri-me, beijando-lhe o peito - ainda por cima aposto que o teu colo é bastante confortavel - mordi o labio, olhando para ele entre as pestanas

- Oh sim, eu também estou cansado. O que é que te garante que não adormeço contigo?
Não parei de sorrir, enfim. Contudo sabia que aquilo era apenas a bebida a tomar-lhe a consciência - A aposta fica para outra altura, agora precisas de uma cama antes que "apagues" por completo.

- Se adormeceres, adormecemos os dois e assim aquecemo-nos um ao outro - sorri - eu sou capaz de dormir em qualquer lado, agora tu nao sei - ri-me, apertando.o contra mim - apostamos amanha, pode ser ?

- Continuo a preferir adormecer num quarto, se não te importares, é claro - comentei divertido. Eu conseguia, também. Dormir em qualquer lado era fácil de se fazer quando se explorava, basicamente, metade do país - Como queiras.

- É que sabes, eu sou muito pesada e tu não podes comigo - continuei a andar com ele ate a zona onde supostamente estariam as camaratas e os quartos - estas numa camarata ou num quarto privado ?

- Isso é um desafio?
Perguntei, rindo-me. Fiquei agradado assim que entrámos num dos edifícios. Lá dentro estava mais quente - Estou numa camarata, mas estou sozinho.

- Achaaas ? - arrastei a voz, rindo-me. Relaxei mais quando entramos dentro do edificio porque este estava mais quente - Então vamos ter de ir para caminhos diferentes, eu preferi um quarto privado

- Não sei, diz-me tu.
Ri-me e olhei para o caminho que eu teria de seguir até à minha camarata.
- Quartos são para menininhas - Aproveitei que ainda estava suficientemente perto do exterior para tirar um cigarro que tinha no bolso. Por fora parecia igual a todos os outros, por dentro a história era diferente. Acendi - Queres?

- Não - fiz uma careta ao ve-lo acender o cigarro - agora das uma de bad boy, é ? - perguntei em tom de gozo. Encostei-me a uma parede enquanto o via fumar. Bad boys serão sempre a perdição de qualquer rapariga.

Encolhi os ombros, não entende o que ela queria dizer. Só depois me lembrei que ainda não tinha fumado uma única vez naquele dia, ainda não lhe tinha mostrado aquela faceta - Sou um bad boy, Beth - Inalei o fumo, a marijuana. Só depois então, quando o cigarro já ia a meio, é que me senti uma forte pontada no peito que me fez cair no chão.

- Ui - ri-me da sua afirmaçao mas em segundos parei ao ve.lo dobrado no chão - CAM - ajoelhei-me a sua frente enquanto ele se contorcia de dores - o que é que se passa ? - perguntei preocupada - o que é que fumaste ?

A dor rapidamente se alastrou para todo o corpo. Impedia-me de pensar,de raciocinar. Mas que raio... - Nada de esp... mari...rijuana - Tive de fazer um esforço para a vociferar, uma vez que os meus dentes começaram a tiritar e perdi o controlo do meu corpo.

- Droga ? - olhei para o cigarro e apaguei-o antes que acontecessem mais problemas - temos de te levar daqui - tentei obriga-lo a passar um braço por cima dos meus ombros - va la cam, faz um esforço. nao e longe - pedi, levantando.me com dificuldade

- Eu levo-te até ao teu quarto... Que não sei onde é, mas acompanho-te à mesma! - gargalhei olhando-a

- Cansado? Nãã! Não estou nada cansado! Eu posso ir contigo, a sério! - Propus sorrindo-lhe docemente.

- Sim senhora! - Disse fazendo cara cómica, caminhando com ela até à porta do seu quarto.