O Tom levou-me ao colo, quase a correr até ao hospital. Eu só gemia com dores, estava com medo que tivesse partido mesmo o pé. - Já chegámos não já? Isto dói cada vez mais! - Confessei, após vir todo o caminho calada no seu colo.

- aaai! - Disse tapando a boca com a mão para ninguém me ouvir. Só a mim! E agora dói-me a cabeça também!

Tirei a sapatilha e a meia com algum esforço, e quase que berrei com o médico quando ele me disse que em princípio, tinha partido o pé - O quê?? Opá! E vou ter que ficar aqui ou posso ir embora, depois os exames feitos? - Questionei ao médico. Felizmente, depois de fazer os exames. ele disse-me que podia ir para casa, mas avisou-me logo para estar sempre em descanso se possível, e se tivesse que andar, para usar as muletas. Pfffff!

(...)
Já com o pé engessado e tudo pronto, tentei habituar-me a andar com as muletas, enquanto saía com o Tom do hospital - Que porcaria! - Afirmei bufando

- Eu não aguento mais estas dores amor! - Afirmei a chorar ao sentir as dores horríveis, e ao sentir-me enfraquecer ao mesmo tempo. Fechei os olhos..

Tentava respirar fundo mas até isso era extremamente difícil. - Alguém me ajude! - Conseguir dizer bem alto ao sentir outra dor mais forte.

- Ajude-me por favor eu não aguento muito mais! - Pedia desesperada contorcendo-me toda com tanta dores. O médico chamou algumas enfermeiras que me puseram logo um catéter e me injectaram algo para as dores. Eu não aguentei tantas dores. - Amor... - Sussurrei olhando-o, desmaiando de seguida.

Eu conseguia ouvi-los e sentia o médico a tocar-me, mas eu não tinha forças sequer para falar ou mexer-me. O médico parecia bastante concentrado e tentava ajudar-me o melhor que conseguia, mas eu tinha tanto medo que acontecesse algo ao bebé... Consegui arranjar forças para falar uma vez mais. - Ajude-me... - Proferi de olhos fechados, deixando de ouvir, de sentir.. de tudo.

Acabei por acordar mais tarde, o Tom estava sentado numa cadeira ao meu lado. - Amor..? - Chamei-o baixinho.

- Sinto-me um bocado dorida amor... O bebé amor? O.. bebé? - Perguntei assustada colocando as mãos na barriga.

- Mesmo amor? Está tudo bem com o bebé? - Perguntei preocupada olhando-o.

- Ai ainda bem amor! - Suspirei de alívio beijando a sua mão. - Ainda bem que está tudo bem amor.. - Sorri olhando-o.

- A minha gravidez é de .. Risco? Eu não me enervo amor - Afirmei olhando-o sincera.