Dirigi-me ao bar e pedi uma tosta mista e um galão, depois de me sentar num dos bancos confortáveis que lá havia sem sequer olhar em volta.

Depois de passar pelo quarto para me arranjar e ir à casa de banho, decidi ir ao bar. Estava cheia de fome, precisava de comer algo rápido! mal entrei, vi um rapaz de rastas, bem constituído e a fumar dentro do bar, sentado sozinho. Parece ter a mania... E infelizmente tenho de sentar na mesa ao lado da dele, não há mais nenhuma! Aff..! - Oh se faz favor! - Disse levantando o dedo, chamando assim a empregada que por ali passava.

Olhava de vez em quando o rapaz pelo canto do olho, tentando ser discreta. Lá que era bonito era, verdade seja dita. Nunca vai querer nada contigo, parola, pensei eu. Depois de finalmente fazer o meu pedido e ele chegar, tentava comer sem pensar que ele ali estava. Tinha a sensação de que ele estava a olhar para mim...

- Ahm... - Engoli o que tinha na boca e lá lhe respondi. - Sim, claro! - Respondi sorrindo-lhe docemente.

- Kathryn! Prazer em conhecer-te! - Respondi com um sorriso fofo, olhando-o nos olhos, trincando depois a sandes.

- Na cama e não só! - Sorri indo na onda dele. Terminei calmamente de comer a sandes, limpei a boca ao guardanapo e olhava-o, calada. Não sabia o que dizer, oh meu Deus... Porque é que eu fiquei sem palavras? Não me costuma acontecer, pensei.

- E se calhar também o mais confortável, não? Não sei, digo eu! - Gargalhava também, desviando o olhar depois, um pouco corada.

Damn, ele até me deixou alterada! Desviei o olhar, e virei também a cara para outro lado. Jesus, estou aqui mais corada que sei lá o quê. - Então... Chegaste cá hoje? - Perguntei, tentando meter conversa.

Acalma-te estúpida! Ele reparou! - Tudo óptimo! Cheguei hoje bem cedo... - Respondi olhando-o novamente

Baixei a cabeça, sem saber muito bem como lhe explicar. - Mudar de vida, estava a precisar disso, sabes? Longe de quem me tratava mal. Enfim... E tu? - Questionava olhando-o.

Percebi que ele tinha ficado intrigado com o que eu lhe disse. Vou dar-lhe só um cheirinho da minha história. - A minha mãe e a minha irmã faziam de mim a escrava delas. Anyway... Música? Fixe! - Afirmava sorrindo fofa.

- Tipo isso... Mas não me tornei princesa! - Respondi acabando por me rir. - Bem, eu estou no curso de Letras. Apesar que gosto muito de cantar e representar, mas não tenho coragem de enfrentar o público. - Contei ao rapaz.