Parte de mim desejava conseguir ouvir o que se estava a passar naquela sala. Esperei impacientemente cá fora, andando de um lado para o outro. Parei assim que a porta abriu e Beth saiu, com os olhos brilhantes. Apressei-me a ir para o seu lado. Enquanto ela se despedia dos irmãos ainda tive tempo de ver o sue pai à porta. Não disse nada, apesar de querer, e lancei-lhe apenas o olhar mais desprezível que tinha.

Olhei novamente para o meu pai mas ele continuava com a mesma expressão fria e séria. iria ser sempre assim e eu já devia saber - eu disse que não valia apena vir cá - limpei as lagrimas com raiva e entrei para o carro - ele nunca há.de mudar

Segui-a até ao carro depois de ter acenado aos seus irmãos. Entrei no carro.
- Desculpa ter insistido, Beth. Pensei que ia ajudar em alguma coisa - respondi e passei o meu polegar pela sua face, limpando uma lágrima.

- a culpa não foi tua cam, as tuas intenções até foram boas - engoli em seco - agora aquela besta é que não entende e eu não vou voltar aqui se é para ser uma escrava, eu não me arrependo de ter saido, eu não preciso do dinheiro dele nem de estatuto na sociedade, apenas quero tirar o curso de artes e seguir o que gosto mas ele não entende isso nem nunca vai entender - suspirei, passando as maos pelos olhos - eu não vou chorar até porque não gostei que ele te metesse ao barulho

Mordi o lábio e passei ambas as minhas mãos pelo seu rosto. Aproximei-me e beijei suavemente os seus lábios - Pelo menos tentaste. Se o teu pai é assim então também não merece ter uma filha fantástica a seu lado, como tu.

fechei os olhos, suspirando levemente com o seu beijo - se calhar fui adotada - ri.me - por isso é que sou tão diferente deles. sou um alien muito bem parecido - sorri e encostei a cabeça ao seu ombro, beijando.o novamente

- Nah... tens algumas parecenças com os teu irmãos, já reparei. Mas davas uma alien bem sexy oh sim.
Comentei divertido e voltei a recompor-me no meu lugar.
- Vamos pôr-nos na estrada?

- Sim, vamos. Esta alien precisa de chegar ao seu quarto e mudar de roupa para algo sexy - ri.me, piscando-lhe o olho - obrigada cam, por teres tentado resolver as coisas e por me ajudares

- Esse teu vestido já é sexy - Respondi divertido mas não consegui não a imaginar sem ele vestido - Não tens nada a agradecer. Só é pena a forma de como as coisas se desenrolaram .

encolhi os ombros - já estava à espera disto por parte do meu pai, ele é inquebrável e uma pessoa fria e sem coração, não me surpreende o que acabou de acontecer - ri.me - ainda bem que achas o vestido sexy até porque quando o vesti, vesti.o a pensar em ti e ficar bem para ti - mordi o labio sentindo.me corar ligeiramente.

- A pensar em mim? - Perguntei de sobrolho erguido. Saber aquilo dáva-me alguma satisfação - Quer dizer que já tinhas em mente todos esses planos de sedução manhosos?

Mordi o labio, fazebdo um sorriso maroto - eu tinha de alguma maneira chamar a tua atençao, o vestido so ajudou e o meu humor tambem - ri.me - mas eu ainda te vou deixar maluco com a roupa certa - prometi

- Chamas a minha atenção mesmo sem essas coisas, garanto-te.
Respondi divertido - Já me deixas maluco, Beth! Qualquer dia deixo de pensar corretamente.

- Isso é bom, é isso mesmo que eu quero. - sorri divertida com o que ele dizia - é que eu tenho mesmo de usar aquela roupa mas no momento certo, quando tivermos so nos dois num quarto- mordi o labio

- Isso parece-me prometedor - Respondi entusiasmado. Reparei que já estávamos a sair de Nova Iorque .

Olhei pelo espelho retrovisor para a cidade e sorri levemente. Por um lado adorara estar ali mas agora o meu lugar era no colégio. - Bastante mesmo, só vais ter de esperar que eu me arranje para ficar sexy e ai sim, vai ser prometedor - olhei para ele, mordendo o labio ao pensar em mil e uma coisas para o torturar. - tu despertas o meu lado erotico

Caramba, será que ela não percebia que era difícil conduzir decentemente como ela a dizer aquelas coisas todas? - Já me estás a levar para o lado menos são de mim.... e ainda nem estás vestida como queres.

- Eu não tenho culpa disso, a tua mente é que leva as coisas para esse lado - inclinei.me para ele, beijando o seu pescoço - és demasiado irresistivel - mordi o labio, voltando a afastar.me dele - eu não me controlo

- E querias que a minha mente fizesse o quê? Não sou imune aos teus jogos sedutores...
Respondi com um sorriso malicioso - Não te controlas mesmo nada, menina Beth.

- pois nao, estar fechado contigo neste carro e lembrar.me do que ja fizemos aqui e depois lembro.me das outras coisas e fico assim - mordi o labio, abrindo a janela para entrar o ar - ate me deixas com os calores

Soltei umas quantas gargalhadas. Acelerei a velocidade do carro, uma vez que já estávamos numa auto-estrada, sem carros por perto - Se não fosse esta ferida, já há muito que nos estávamos a divertir.

- quando chegarmos ao colegio vais ver que ja esta sarada - olhei para a sua barriga - ainda te doi muito ? - perguntei preocupada - podes precisar de pontos cam

Eu tinha algumas duvidas. O processo de recuperação ainda estava muito lento - Nada de mais - Disse, num tom calmo. Não precisava que ela se preocupasse comigo e, para além do mais, conseguia tolerar aquela dor.

- Se tu o dizes.. - olhei para ele e peguei na minha mala, tirando de la o caderno que andava sempre comigo e um lapis. comecei a desenha.lo como esta mas em tronco nu, o mais provavel era que a sua roupa desaparecesse mas eu nem me importava com tal, obviamente. Assim que comecei a desenhar os seus abdominais que estavam bem definidos, nao so no seu corpo mas tambem na minha mente, desenhei o sitio da ferida completamente limpo e curado. Se o meu poder era assim tão "forte" como eu pensava que era e as coisas aconteciam como eu queria, ele agora ia ficar completamente curado.

A sensação de formigueiro apoderou-se da minha zona abdominal. Tive de acalmar a velocidade do carro, já que aquilo me estava a distrair. Em segundos as dores desaparecem assim como a minha camisa e a ferida. Olhei incrédulo para Beth - Não fazia ideia de que podias fazer isso!