- Serve perfeitamente. Obrigado amor - Pisquei-lhe o olho e sorri. Saímos os dois do quarto de mão dada. Therese tinha montado uma mesa num dos cantos do bar. Serviu-nos a sua especialidade. Não sabia se era por eu ter fome ou se por ela ser uma cozinheira fantástica, mas jurava nunca ter comido tão bem na vida. Senti-me logo um pouco melhor. Dali tive de ir encarar o palco. Ainda havia pessoal a chegar ao bar. Devia ser tudo pessoas ali da terra. Estavam mais interessados nas bebidas do que em mim. Olhei para Beth. Não gostava que ela estivesse ali. Um monte de homens estava a olhar para ela. Os desgraçados. Mesmo para uma rapariga grávida! O que me valeu foi que Therese se juntou a Beth e via-as a conversar. Isso devia manter alguns longe. Por fim comecei a cantar. No inicio ninguém me ligava mas depois começou a surgir gente e mais gente. Alguns dançavam. Umas raparigas ficaram embasbacadas a olhar. Não correu mal. 

O jantar era bom, não comia uma refeição caseira tão boa como esta há algum tempo. Cameron ficou com uma cara melhor depois de comer, foi como se lhe tivesse dado uma injeção de energia. Sorri e pisquei.lhe o olho quando ele foi para o palco e fiquei a ve.lo cantar. Era fantástico como ele não se apercebia do talento que tinha. Pouco depois Therese juntou.se a mim e não parou de o elogiar e como há muito tempo não via o bar assim tão animado. Pouco depois da meia noite acabei por adormecer na mesa com Therese, estava tão cansada que a sua voz se tornou uma doce melodia até eu cair no sono.

A dada altura parei para fazer uma pausa. Therese foi a primeira pessoa a abordar-me. Disse-me preocupada que Beth estava cansada e tinha adormecido ali. Disse-me também que não me preocupasse, que a levasse para o quarto e descansasse também porque no bar já só restavam bêbados que não queriam saber da música.  Agradeci-lhe. Fui buscar Beth, pegando-a ao colo. Estava francamente mais pesada. Lá a consegui levar para o quarto. Pousei-a em cima da cama. Deitei-me a seu lado. Ia fehcar os olhos e em três, dois, um...adormeci também.

Foi um sono sem sonhos. Talvez fosse melhor assim. Sempre era melhor do que os pesadelos que me tinham assolado enquanto Beth estava desaparecida. Por falar em Beth, acordei com o seu perfume natural. O melhor acordar de sempre. Abri os olhos e ali estava ela. - Bom dia, amor. 

- Bom dia - sorri, juntando os meus lábios aos seus - Dormiste bem ? - perguntei enquanto distribuia beijos carinhosos pelo seu rosto - É que eu não podia ter dormido melhor contigo a abraçar.me - abracei.o - podemos ficar aqui mais um pouco ? quero aproveitar enquanto posso - dormir com ele era sempre sinal de uma noite bem passada, sentia.me sempre segura com ele

- Não podia ter dormido melhor. Ter-te a meu lado já valeu por tudo - Parecia a única boa noite de sono em toda a minha vida. Estávamos os dois de acordo nesse aspecto. Beijei-a no pescoço - Sinto-me rejuvenescido - Mais ainda bastante cansado apesar de tudo. Os meus níveis de energia eram baixos.  - Se ficarmos aqui vamos baldar-nos ao pequeno-almoço - Simplesmente acabei por encolher os ombros e rir.

- Já viste que a tua mão já está boa ? - sorri - Eu disse que tu precisavas de dormir e recuperar energias - ri.me, encolhendo.me quando me beijou o pescoço - isso faz cocegas Cam.. Eu não me importo de baldar ao pequeno almoço, só quero ficar aqui deitada mais umas horas antes de irmos de novo para a estrada. Já pensaste para onde vamos ?

Olhei para a minha mão. Realmente estava como nova. A regeneração voltara a surtir efeito. - Bastou apenas isso, tens razão. Estávamos os dois a precisar de descansar - Relembrei. Suspirei encarando a realidade de que não poderíamos ficar ali muito tempo. - Não, não pensei.. Quer dizer... Tu tens ideias?

- Não, só me lembrei de passar numa das casas de férias dos meus pais e ver se eles lá têm dinheiro. Não vamos sobreviver muito tempo a pedir favores porque eu estou "grávida" - suspirei - por isso, tu é que sabes o nosso destino. vamos onde tu quiseres, até ao fim do mundo se for preciso - sorri

- Achas que os teus pais guardam dinheiro nessas casas? Não sei, parece muito arriscado ir até lá - Não podia deixar que a apanhassem novamente e nós já sabíamos que eles estavam à procura de Beth. - Há uma alternativa. Eu tenho direito a uma herança, a dos meus pais. Eu nunca a reclamei porque para isso preciso de um aval do meu avô e bom, eu na altura a meios que fugi da guarda dele pelo que nunca a fui buscar...

- Sim, nós temos dinheiro nos cofres, não me perguntes porque mas sei que temos - encolhi os ombros - e tu queres ir a casa do teu avo pedir esse aval ? é que se tu fugiste não sei se ele to vai dar, pode estar chateado contigo mas podemos sempre tentar - suspirei - temos de tentar tudo o que nos vier a cabeça. eu quando melhorar posso procurar trabalho e forjar um B.I.

- Nenhum dos planos é o melhor - No entanto havia algo que me inclinava a ir até ao meu avô, e esse alguém era a minha irmã. Morria de saudades dela e precisava de saber como é que ela estava. - Teremos de ver como corre. Babe, devíamos ir agora. Eu sei que podíamos ficar aqui mais umas horas e namorar, mas quanto mais cedo nos pusermos na estrada melhor.

- Podiamos.. ficar só mais um pouco - fiz beicinho e voltei a dar beijos pelo seu rosto - recuperar estas semanas todas que perdemos Cam - olhei para ele - só por mais uma hora e depois voltamos para a estrada - pedi - tu sabes que queres, não me digas que não. Tenho saudades tuas

- Amor, não nos podemos dar ao luxo... - Eu bem queria ficar simplesmente ali mas a qualquer momento podíamos ser encontrados. Nem Beth nem eu tinhamos sido cautelosos. Tinhamos dito os nossos nomes verdadeiros. Ainda estávamos perto da fronteira de Nova Iorque. - Também tenho saudades tuas, meu amor - e rendi-me a elas. Beijei-a apaixonadamente, mas só um beijo não chegava. Percorri o seu corpo com as minhas mãos.

- Shhh... - agarrei no seu rosto, sorrindo contra os seus lábios. agora que ele se tinha rendido, acreditava ter ganho pelo menos mais uma hora com ele ali. o quarto não era o melhor mas eu tinha tantas saudades dele que qualquer sitio onde pudessemos estar juntos, era excelente. subi para cima do seu colo e passei as mãos pelo seu tronco

-  Tive tantas saudades tuas - fechei os olhos, sorrindo ao sentir os seus lábios pela minha pele. Saber que ele ainda me desejava, deixava.me feliz. Movi a minha anca contra o seu colo, rodando na cama para o deixar em cima de mim - amo.te

Ri.me com a dificuldade que ele estava a ter em achar a ponta da camisola para a despir. Podia não ter piada nenhuma até porque eu queria mesmo ter aquele momento com ele mas simplesmente não conseguia parar de rir. Puxei a sua camisola, tirando.a do seu corpo e pisquei.lhe o olho para ele entender o quão fácil era fazer aquilo

Sorri, arqueando as costas quando me começou a beijar o peito - estás mais que perdoado meu amor - passei as mãos pelas suas costas e com os pés fui empurrando as suas calças para baixo. Era estranho como a barriga não estava a atrapalhar em nada